Insatisfação

Alunos da Odontologia da UFPel protestam contra a greve dos servidores

Estudantes reclamam que paralisação impediu a continuidade de atividades clínicas, deixando mais de 1,4 mil pacientes desassistidos

Foto: Jô Folha - DP - Ato ocorreu na tarde de terça-feira em frente à Faculdade de Odontologia

No início da tarde desta terça-feira (30), estudantes do curso de Odontologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), se reuniram em frente à Faculdade de Odontologia, em manifestação à greve dos servidores técnico-administrativos em educação (TAEs) e docentes da universidade, e sua consequente sequela no funcionamento das atividades acadêmicas e clínicas. Segundo os manifestantes, atualmente, mais de 1,4 mil pacientes dependentes do Sistema Único de Saúde (SUS) estão sem atendimento odontológico por conta da falta de manutenção das atividades essenciais durante a greve.

O objetivo principal da manifestação é garantir a continuidade dos atendimentos na Faculdade de Odontologia, em vista da significativa interrupção enfrentada devido à greve dos técnicos e professores, conforme explica uma estudante do 9º semestre. “Representa para nós a defesa do acesso à saúde bucal para a comunidade de Pelotas, onde mais de 1,5 mil procedimentos estão pendentes, deixando pacientes em espera por cirurgias e tratamentos urgentes. Manifestamos para assegurar que os direitos dos pacientes sejam respeitados e que possamos continuar nossa formação de maneira adequada, sem comprometer o cuidado com a população que tanto necessita de nossos serviços”, expôs aluna.

A manifestante destacou que alguns setores se encontram desassistidos, o que agrava a situação. Além disso, enfatizou o impacto negativo da paralisação no sistema público de saúde, ampliando a demanda e sobrecarregando os recursos restantes. “Como alunos do 9º semestre, a turma 155 já possui uma base teórica sólida e experiência prática que nos capacita a realizar uma variedade de procedimentos odontológicos, tanto de baixa quanto de alta complexidade. Nossa habilidade técnica, aliada ao conhecimento adquirido ao longo dos anos, nos permite oferecer cuidados de saúde de qualidade à população que busca nossos serviços durante essa greve, evitando um desastroso congestionamento das filas de espera que já são grandes”, concluiu.

 
Entenda
A greve dos TAEs começou no dia 18 de março. Os servidores docentes, neste período, também apontaram o indicativo de greve para o dia 15 de abril, primeiro dia letivo do semestre 2024/1. Atualmente, todo e qualquer serviço de atendimento em saúde à população de Pelotas e região, pela Faculdade de Odontologia, se encontra suspenso, pela impossibilidade de garantir a organização e as condições sanitárias necessárias para o atendimento de pessoas. O diretor do curso, Fábio Lima, explica que em 9 de abril foi realizada uma reunião com servidores. Considerando que vários estudantes são de outros municípios e estados, e a brevidade de tempo para marcação de pacientes, a reunião teve objetivo de esclarecer como proceder, enquanto direção de unidade, quanto a viabilidade de manutenção da prestação de serviços. Na oportunidade, segundo ele, servidores afirmaram que, mesmo em greve, manteriam a possibilidade de atendimento à população. No entanto, apesar dos posicionamentos, a gestão entendeu que seria prudente não marcar pacientes e atividades clínicas nos dias seguintes ao início do movimento. Em 25 de abril, alguns poucos serviços de suporte ao atendimento clínico na unidade, ainda em funcionamento, são paralisados. ​

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